de tarso

Sílvio, você foi um grande homem!

Cabeça rápida, memória de mil elefantes, mente aberta. Sempre uma história, uma música, um poema… Quanta coisa coube no seu coração!!!

Gatilho certeiro para piadas e para relembrar histórias engraçadíssimas. Humor refinado. 

Você sempre dizia que queria saber de vida e de alegria quando chegasse sua hora, mas não dá! Não cabe aqui, amigo. É impossível obedecer seu desejo, não há como esboçar sorriso sabendo de sua partida.

Fácil é agradecer a sorte de ter tido a graça de conviver com uma criatura como você! Isso foi um privilégio!

Sabe o que eu descobri no meio desse momento horroroso? Como o amor é concreto, palpável… dá para segurá-lo, tocá-lo, senti-lo no tato. Quando estava de mãos dadas com a Dona Iaiá, quando estava abraçada com a Tuti, enganchada no Sérgio ou passando a mão pelos cabelos da Lu, o amor corria por ali, se aconchegava em nós, esquentava o corpo. O amor por você se materializou pra nós.  

Guardarei comigo pra sempre, e assim que puder lerei em voz alta, “Os Olhos de Adriana”, meu troféu em cor jabuticaba dessa vida tão ingrata que leva os amigos da gente…

Sua voz a fazer firula, narrando jogos em espanhol e tirando onda com nossos hermanos, para sempre me alegrarão. 

As horas infinitas de conversas sobre todos os temas; a partilha dos sentimentos; os conselhos; os copos; as comidas… 

Vai ser difícil esquecer como seus pés estavam gelados, seus soluços pela vida e aquela cena final de hospital.  

Não se preocupe com a Tuti, ela faz parte da gente, ela é da nossa turma, e a amamos por ter feito parte de sua vida de maneira tão soberana, e por sabermos quem ela é. Seus irmãos têm a força moral para sustentar o mundo. E a Dona Iaiá? Essa tem a sabedoria de mil homens…

A nossa sorte é que não há morte capaz de te matar! Para sempre você ficará por aqui… 

Vai em paz, amigo. 


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