Vinícius, velho, saravá!

Não me lembro do dia em que conheci Vinícius Coelho. Mas me lembro de tantas outras coisas… 


Conversas no bar, conversas na rádio, conversas em casa, conversas na rua, conversas no carro…
Lembro de todo tipo de papo: alegrias, tristezas, música, futebol, personagens, histórias, risadas, gargalhadas, choros, suspiros… Há muita coisa que ficará em mim pra sempre e, mais ainda, o privilégio de que tudo de melhor que trocamos não tem relação nem com música nem com futebol. 


Acho chato falar de uma pessoa que não faz mais parte disso tudo aqui, pode dar impressão daquela super valorização pós-morte. Mesmo assim tenho vontade de conversar um pouco sobre o Vinícius, acho que só para afirmar o quanto eu gostava dele e me sentia lisonjeada com a sua presença e suas demonstrações de carinho, amizade, etc.

O Vinícius foi, antes de qualquer coisa, um gentlman. Foi sim. Educado, fino, cheio de gentilezas. Que delícia poder ter alguém assim no convívio!

O via, minimamente, duas vezes por semana. Quando chegava aqui e eu não estava e ele não podia esperar, escrevia bilhetinhos carinhosos, contando da sua passagem (que me enlouqueciam, porque ele sempre pegava o primeiro papel que encontrasse para a comunicação – fosse documento importante, carta, memorando, programação…).

Tive a honra de organizar festinhas na minha casa em petit comite para seus 77, 78, 79 e 80 anos. Dessa última tenho um pedacinho que sintetiza o que ele representa pra mim: nos parabéns, primeiro a atenção comigo só depois apagar velas…



Sentirei sua falta Vinícius, foi muito bom!

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