Arquivo Mensal: agosto 2013

Daí

Pato Branco não tem pato e não é branca. Chão vermelho, poucos pássaros, flores cultivadas, ruas limpinhas, praça bonita e igreja enorme. Subidas, descidas e muito frio! Pato Branco tem também gente bacana, sorrisos fáceis, lareira que arde e bebida quente. Fui até lá na companhia de Vinícius de Moraes para, como ele ensinou, reconhecer amigos. Fui a trabalho, em trajes civis: vestida com as …

são tantas já vividas

Quando eu saí da rádio, trouxe comigo muitas lembranças, muito aprendizado, muita amizade, muita camaradagem… esses bens que a gente guarda no coração e carrega pela vida, a contar o que valeu, o que importa.   Mas com os valores imateriais vieram também quatro caixas de recortes desses anos todos. Duas ainda estão no carro e à outra metade me dispus a arrumar hoje.   …

o tempo da língua

Em leituras que não têm fim por conta de um trabalho, eu revisitei e descobri textos belíssimos. Contos, crônicas, poesias, letras de música… A cada cinco minutos de leitura, uns 20 para reflexão e mais meia hora de releitura em voz alta. Sem contar quando chamo alguém para ouvir, sem contabilizar quando o copio para enviar a um amigo, sem considerar quando ele me leva …

eita vida besta!

Trabalha, Adriana, trabalha Trabalha que você precisa livrar as contas, Ir à feira Costurar a roupa Comprar xampu Pagar escola.   Trabalha, Adriana, trabalha Trabalha porque isso dignifica, Sustenta Justifica Melhora Ocupa o tempo   Trabalha, Adriana, trabalha Trabalha para ir à praia, Conhecer Holanda Trocar de carro Rezar em Salerno Comer no Palais Royal   Trabalha, Adriana, trabalha… Trabalha para poder descansar.

um pequenino grão de areia

Tenho pressa, mas quero que a vida passe devagar. Não entro sem ser convidada e preciso de, pelo menos, cem insistências diferentes. Entrego, fortuna preciosa, o amor aos amigos, mas exijo permanente devolução. Leio o mesmo livro várias vezes e deixo muitos pela metade. Tenho pessoas inteiras na vida e outras vão ficando aos pedaços. Comecei a ver novela, gosto de ir ao futebol, não …

arrastando pela vida

Dos sonhos de criança alguns ficaram, outros foram embora e boa parcela acabei por esquecer. Algumas coisas eu lembro bem: queria ser caminhoneira e queria ser carteira, sim, daquelas de uniforme amarelo e azul. Da minha pretensão de ganhar as estradas, sobrou a vontade de viagem, a necessidade de liberdade e o desejo de dobrar novas esquinas. As aspirações de carteira se transformaram em impulso …

no tempo da escola

Joana se preparou para o teste de admissão do time durante semanas. No grande dia entrou na quadra tremendo feito banhista que sai do mar em dia de vento frio, e se colocou em posição. A primeira bola lhe acertou o braço e foi para a terra do nunca; a segunda carimbou o chão diante dos seus pés e atravessou a quadra e a terceira …

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