Arquivo Mensal: outubro 2013

estampas eucalol

Meninos, eu vi! E foram tantas coisas que nem sei como a retina aguenta, a cabeça processa, a memória guarda. Eu vi por do sol na praia, fotografias antigas, barriga crescendo, caminhão de mudança. Eu vi avião subindo, margaridas se multiplicando, enfermeira enlouquecida, cantor a fazer lambança. Eu vi a Torre Eiffel, macarrão na panela, rádio velho, pé quebrado, homem sugerindo contradança. Eu vi o …

o que a insônia me dá:

espaço, tranquilidade, propriedade, desarticulação. silêncio, sossego, saudade, solução. amor próprio, coragem, cara limpa, compreensão. leitura, Bach, Baco, imensidão. olhar, possibilidade, além, equação. riso, guiso, siso, contra-mão. choro, beleza, dentes, perdão. cuidado, cadência, ciência, certidão.      tristeza, sono, solidão? isso não!

a plataforma dessa estação é a vida…

Nessa semana, a Caravana da Poesia encerrou as atividades. A última viagem da temporada foi em Ponta Grossa. A escola em que estivemos estacionados com o ônibus e em movimento com o espírito é linda! Eu, que sou a rainha da pesquisa e informações sobre os lugares em que nos aventuramos, não sei o nome, não sei da história, a idade ou qualquer outro detalhe…  …

nos fios da memória

Eu tive os melhores avos do mundo! Os pais da minha mãe eram pessoas sensacionais, diferentes, complementares. Sabiam da felicidade dos netos.  Ontem, minha prima Giovana, que não teve a mesma sorte de convívio que eu e meus irmãos, me pediu para contar um pouco sobre o Estefano, o dono do sobrenome que visto.    Gio,  O vô era um homem grande, bonito, vaidoso. Lembro …

te sinto mais bela…

Filha, Eu já escrevi mil vezes para você: bilhetes, cartinhas, emails, mensagens, posts no Facebook, no blog. Já fiz versinho, declarações infinitas, afirmações de amor, de respeito, de admiração.   Eu já tirei um milhão de fotos: da sua fofura de neném, dos seus sorrisinhos de criança, de seu olhar de menina e, recentemente, de suas poses de moça. Eu já senti orgulho de tanta …

retrato

começo sem fim sem pena, nem medos    em voltas       pé em Deus       carrego todos, os meus e os seus   subo sem rumo alcanço estrela rolo feito pedra         que pesa, amassa e ruína   levito sou como pluma          como véu e como espuma   no fim o começo de mim.

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