Arquivo Mensal: novembro 2013
Eu gosto de ouvir pessoas que sabem sobre o que falam. Sabem não só o saber teórico, lido e aprendido; sabem o saber vivido, sentido e transformado. Acho que os jovens são assim. Lêem uma coisa aqui, escutam outra ali, compram um livro acolá, levam essa rotina em meio a vida: vão ao parque, ao cinema, ao show, à livraria, ao bar, ao teatro, à …
“sobre toda estrada, sobre toda sala
paira, monstruosa, a sombra do ciúme” Lá em casa definiram os filhos assim: o irmão mais velho não tinha sentimentos menores; a do meio era o tipo boazinha, afogava toda e qualquer mesquinharia nela mesma; a caçula tinha direito a gritos de ciúme. Nem sei se éramos assim ou se aprendemos de tanto ouvir. Até hoje não sei direito …
Filho, Já aconteceu muita coisa em nossa incomum vida em comum: futebol, espera por sol, basquetebol hospital, mau humor matinal, temporal drama, falta de grana, organograma bar, banho de mar, troca de par almoço no carro, tiração de sarro, peito com catarro fratura, aventura, criadora e criatura descoberta de lugares, vestibulares, compras em bazares faxina, rotina, comercial de margarina desminto, distinto, labirinto briga, invasão de …
Os amantes se separam, se vão. Somem no tempo e no espaço. Mas nenhum amor acaba. Os amores sempre continuam e continuam sempre. O amante vai e o amor fica num objeto da sala, no cheiro de um livro, na cor do dia, numa palavra, num sotaque, na fumaça do cigarro – não há lugar em que o amor passado viva mais que na fumaça …