Arquivo Mensal: outubro 2015
acho que há qualquer coisa de sublime na louça de domingo. diferente daquela empilhação de pratos e copos e talheres e travessas e panelas e xícaras dos vulgares e corriqueiros dias. no domingo a louça é mais elegante, tranquila, surpreendente. é a mesma dos outros seis da semana, mas o humor muda e ela representa mais. se meus pratos falassem, de segunda à sábado, diriam …
sem saber da chuva que chovia nem ligar para a moral dos grandes homens dormia na rede. e o dia passava lá fora sem lembrança porque o sono não era vida nem formava história. sonhava barulho dos sapos passarinhos e água que caía. sonhava com uma baía e uma ilha com grama do continente e uma chaminé que soluçava fumaça azul. e no sonho ouvia …
não posso ser vista nem de frente nem do avesso nem nos olhos nem nos versos nenhuma risca nada sobra de mim sou estrela sem brilho e sem história feia, morta, torta infeliz trajetória nenhuma pista