Arquivo Mensal: dezembro 2015

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pode ser que seja este o último dia da vida e eu, confusa, caminhe pela cidade a procurar a saída desta noite escura a testar todas as chaves no que conheço como única fechadura ou me jogue, sem rede, de toda esta altura de onde vivo, sem saber, a grande, irreparável, inconcebível, loucura. pode ser que seja este o último dia da vida e eu, …

histórias e flores

ando tão distraída nas últimas semanas que perdi a aflição da escrita. tudo e nada me envolvem de um jeito que acabo em silêncio. invento histórias para as imagens que vejo da varanda, cada um dos vizinhos ou passantes tem um universo muito amplo a partir do meu olhar. cada um deve ter mesmo, mas as fantasias que me brotam vão além de suas realidades. …

deleite dourado

nas voltas pela França, dessa vez com tempo mais alongado para fruir os prazeres com calma e atenção, conheci amor definitivo. o que mais me impressionou foi a empatia, a maneira precisa como ele compreendeu minhas vontades e dedicou-se a me fazer feliz. não sei se dei o devido valor na primeira taça, mas na medida em que o tempo passou, fui compreendendo melhor as …

os moinhos

nas voltas pela Holanda, a Ria me mostrou e falou de lugares em que bruxas eram queimadas, afogadas, exterminadas… aquelas coisas absurdas que conhecemos dos livros de história, em que se uma mulher morresse após ser tacada numa fogueira era a prova de que não era bruxa, mas aí era tarde demais. lamentos. estive hospedada na casa de fadas. mulheres lindas, amáveis, cheias de encantamentos. …

IAMsterdam

não tenho como hábito falar de grupo de pessoas. nem bem nem mal. não gosto de tratar coletivamente. acho injusto, chato, burro e raso. afinal, penso que essa coisa de “os brasileiros”, “os latino-americanos”, “os protestantes”, “os Sydor” etc não existe em características amplas e verdadeiras. cada um é muito mais que o coletivo. não se deve reduzir… mas estou aqui na Holanda de novo …

vale quanto pesa

não há como negar que as coisas boas do mundo precisam de certa dose de disposição e olhos atentos para serem usufruídas. também não tem como deixar de lado o fato de que ter uma graninha extra para cafés, vinhos e pequenos mimos para alma seja fundamental. tenho bastante de vontade, pouco de recurso financeiro, mas caminho pelo mundo a buscar as essencialidades, a não …

movimento

A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos, Fernando Pessoa não tenho vontade de sair de casa. novidade nenhuma nessa condição. cada dia mais me enredo nas minhas paredes com a certeza de que ganho mais aqui do que fora. escrevi meu Código de Hamurabi, particular e intransferível, que …

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