Arquivo Mensal: dezembro 2017
pode ser que tenha sido aquele silêncio, grande e imenso, combinado com minha marcha em direção a lugar especial que me tenha despertado coisa nova. ou talvez apenas a rispidez daquele vilarejo belo e trancado nele mesmo, sem dizer um meio sorriso a quem é de fora. ou pode ter sido que o frio tenha promovido um curto circuito qualquer dentro de mim. não sei …
não tenho vontade de voltar para casa. mesmo. o frio, a crise, o medo e as ameaças europeias não são suficientes para mudarem meu humor a respeito do Brasil. a minha vontade é de me plantar aqui e comprar passagem de volta só para visitar alguns, ficar o tempo entre o amor e a saudade e retornar. sei que há problemas por aqui e eles …
tenho novo livro pronto. prontinho. coisa fofa, proposta cheia de estampas e texturas. tudo bem bonito. um tema que usei de subterfúgio para não me entregar a uma escrita maior que me assombra e me convida; me chama e me expulsa; me pega e me joga – tenho cá meus tribunais que acabam me impedindo de seguir. perdi o bonde da publicação de fim de …
não foi uma decisão engajada, politicamente pensada ou esteticamente avaliada. nos últimos tempos, tenho acordado com a ideia de que meus cabelos brancos tomarão toda juba. pronto. chega de hena, chega de disfarces, chega de tapar o sol com a peneira – ou os grisalhos com o castanho dourado. resolvi, e isso não quer dizer nada, que cada fio branco terá o respeito que merece …