amor à primeira vista é coisa arrebatadora. gosto quando isso me acontece e, ainda bem, acontece com grande frequência. o primeiro sinal percebo nos olhos, espelho de contentamento. a corrente se espalha, explode, estilhaços pelo corpo: sorriso, abraço, conversa. o amor à primeira vista é um curto-circuito.
o grande lance, pra mim, é deixar que a emoção se repita e cada novo encontro seja assim, cheio de arrebatamento.
ao longo da vida venho renovando votos aos amores que me impressionaram na largada. o vínculo se restaura a cada nova palavra, olhar ou ação.
Nessa semana, de repente, percebi a sala de casa cheia dessas bênçãos. as amizades que se fizeram nesse círculo que é o amor que nunca morre, como ensinou Quintana. algumas pessoas que estavam sentadas a beber, conversar, cantar, tocar e festejar encontro nem sabem, mas fazem parte dessa coleção muito particular. outras, provaram ao longo de cada novo achado, que deveriam ter sido incluídas na lista já de cara, que perdi tempo não adorando-os de prima.
o que me surpreendeu pra valer é que a reunião foi promovida pela visita da Nair e do Jaime, dois amores desses, que se instalaram logo de cara. os conheci por conta do Fabio e da Vania, que também lançaram seus poderes imediatamente, os dois também estavam aqui. namorava de longe a Etel e a Suzie e as queria amigas antes de conhecê-las, insisti, deu certo, me aceitaram… não posso continuar falando sobre todo mundo que esteve aqui a marcar outro capítulo feliz da minha história, porque terei que contar pormenores de cada relação e isso me levaria a um texto engraçado, obsceno, indiscreto, emocionante, mas, sobretudo, imenso. e ninguém precisa ficar lendo meu texto imenso.
uma fatia de mim ficou radiante. é o tecido da antiga trama que não se desfaz, como me lembrou Vinícius agora pouco.
Nair, Jaime, Sérgio, Fábio, Vânia, Laurinha, Jéssica, Dé, Laís, Paulo, Etel, Álvaro, Fábio, Suzie, Vicente a música dessa semana foi mais bonita por causa de vocês.
