Nessa semana, a Caravana da Poesia encerrou as atividades. A última viagem da temporada foi em Ponta Grossa.
A escola em que estivemos estacionados com o ônibus e em movimento com o espírito é linda! Eu, que sou a rainha da pesquisa e informações sobre os lugares em que nos aventuramos, não sei o nome, não sei da história, a idade ou qualquer outro detalhe…
Dessa vez, só descobri o que meus olhos viram: um espaço externo do jeito que tem que ser, com árvores imensas, generoso bosque, passarinhos cantores e uma piscina seca, com tanta poesia a transbordar em sua solidão de azulejos que chega a ser comovente.
Por dentro, corredores de batalhão, janelões abertos a acariciar cortinas azuis, portas pesadas. Pé-direito tão alto e distante que deixa a gente pequeninho na imensidão das salas.
Em excursão interna, descobri como pode ser grande uma cozinha e como os fogões à lenha, esmaltados, conservados e bonitos se transformam rapidinho em objetos de desejo. E descobri mais! Escadas lisas e brilhantes que mais descem do que sobem, levam para porão que guarda todo tipo de reminiscências, pedaços de todas as épocas, restos do passado, histórias dos trecos… tudo atiça a imaginação e se amontoa na franja da memória.
Disseram que a escola foi seminário, deve ter sido, tem todo tipo, mas não sei, não perguntei.
Há o reconhecimento do belo por todos os lados e nisso até em causas maiores: 23 graus, sol e ventinho suave a balançar os cabelos das meninas.
Que bom que a última estação de nossa Caravana foi em lugar assim, com tanta beleza a se derramar em nós…
A bênção, Vinicius!
Verdade Adriana, repousar na sombra do bosque no horário do almoço foi uma delícia. Estávamos no antigo seminário do verbo divino.