não faço a somatória, mas devo receber uns 70 e-mails por dia. pelo menos metade deles tenho que responder por obrigação profissional.
o que sobra dessa conta, divido em três providências: às vezes abro e leio, às vezes apago sem ver e às vezes respondo.
nos e-mails que não são do trabalho e eu respondo tenho também umas classificações. alguns precisam de urgência, outros de mais reflexão e há os que caem no modo preguiça ou, ainda pior, numa vontade de elaboração que demoro muito para concretizar.
sou uma vergonha na administração do meu WhatsApp. dos dois: o número de sempre, do Brasa, e o número português.
as mensagem se empilham, os assuntos se desdobram, as novidades envelhecem.
demoro para responder.
demoro muito.
muito mesmo.
não é um comportamento proposital com o remetente, mas me causa mau humor ter que viver obedecendo ao apito – da fábrica de tecidos, do guarda, do trem, do telefone.
é muita ordem para cumprir.
no fundo sou uma rebelde.
messenger, direct, telegram e outros aplicativos de mensagem praticamente nem existem para mim.
é mais ainda complicado eu tratar deles.
o que acontece, acontecia mais no passado, comigo é que não me sinto confortável em ouvir um plim e ter que obedecer.
naturalmente gosto de conversar com meus amigos, gosto de saber e de contar coisas, gosto de perceber que alguém quer saber como estou e nessa percepção entender que eu também quero saber como a outra pessoa está.
gosto de tudo isso, não sou uma selvagem que não quer papo com ninguém.
é só que é difícil colocar a demanda de responder com agilidade na minha vida.
eu já estou um pouco melhor. utilizo as figurinhas porque me apoiando nas carinhas e sinais consigo agilizar alguma simpatia e pontuar que estou viva para a comunicação.
mas não é fácil, não é sempre.
tenho vontade de melhorar, mas não quero me deixar levar pelos costumes imediatistas destes tempos.
peço aos amigos um pouco mais de paciência com minha falta de educação aplicada aos aplicativos.
- não sei de quem é a fotografia tão linda que estampa o post.