namorar é um jeito de transbordar. é derrubar por cima do copo, por baixo da roupa, por dentro do corpo as práticas do amor.
o namoro tem caprichos, urgências, desejos, eternidades. tem as temperaturas do verão dentro do quarto e os arrepios dos pelos em pico no beijo de despedida.
há mimos, caminhos, nuances, histórias e confissões. os dedos dos últimos românticos se entrelaçam em loucuras.
o namoro conhece todas as peças do jogo. as vezes finge que não é. as vezes finge que é. e sabe que só acontece de verdade em salivas e suores, olhares e juras, futuro e caminho.
namorar é distrair, perder a hora, largar o compromisso e não ter vontade de ir embora. é mais, é o enfeite da vida, é tudo no agora.