GIF, Graphics Interchange Format, que se pode traduzir como “formato para intercâmbio de gráficos”) é um formato de imagem de mapa de bits muito usado na world wide web, quer para imagens fixas, quer para animações.
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taí uma coisa que me desperta diversas reações. não sei explicar direito.
quando abro um site e tem desenho de bandeirinha em movimento como se um ventinho muito suave passasse por ela e lhe fizesse carinho, eu fico enternecida. mas é uma comoção que passeia de mãos dadas com compaixão por cena que mistura qualquer coisa entre o cafona, o antigo e a vontade de agradar.
GIFs mais moderninhas, com aquela sequência em vídeo que se repete esquizofrênica e eterna me afligem. por algum motivo, assisto com olhos grudados a esperar o fim da história que nunca chega. meu cérebro não consegue entender que o enredo completo está naqueles segundinhos de nada, que tudo o que tem importância já está estampado ali. é um transtorno obsessivo compulsivo. meu. eu quero porque quero a sequência. as vezes cometo o ridículo de procurar a cena na internet para saber se tem continuação. um horror!
uma vez usei GIF numa postagem aqui do blog. fiquei feliz quando encontrei a imagem que correspondia totalmente à ideia do texto. mas não consigo mais visitar o post, me atormenta aquelas duas mãos perpétuas, sem envelhecer um dia, sem enrugar, sem sair dali, apesar de todo o movimento em volta…
mas o pior de tudo, a prova completa de minha sobra de tempo e falta de tutano foi um dia desses perder longos minutos num vídeo postado por um amigo de Facebook (não consigo lembrar quem, se você estiver na plateia, por favor se manifeste). o dito cujo tratava de uma sequência de matrioskas que um homem ia abrindo e espalhando; a legenda do meu algoz trazia um recadinho do tipo: assista até o final.
fiquei ali, obediente, assistindo até o final. e assisti sem parar e assisti muito e assisti incansavelmente e assisti feito uma topeira. hipnoticamente assisti.
quando entendi do que se tratava, continuei a assistir. fiquei a ver o lance de volta para tentar entender qual era o começo e qual o ponto em que ele começava de novo; qual era o meio e qual era o fim. fiquei ali, como se fosse a coisa mais importante do mundo decifrar os pormenores do lance. não consegui.
sem nenhuma dignidade intelectual, confesso: GIFs me atormentam!