ontem foi o lançamento de ‘o amor e outros sufocos’.
esta frase inteira, escrita assim, do começo ao fim, guarda uma série de significados que acho que não conseguirei contar direitinho. tenho a necessidade de tentar.
ouvi o enredo da minha vida contado através das minhas próprias palavras, outra boca, com recortes escolhidos, grifados e destacados. fiquei um pouco surpresa, meio chocada, muito comovida.
entendi que distanciamento, máscara e outras consequências pandêmicas não impedem, jamais impedirão, abraços – ainda que eles precisem encontrar um jeito diferente para acontecer.
também compreendi que estar para o mundo, apenas ser, sem as amarras ou os bloqueios que furtam o amor, é o que permite o enlace e a troca, esse jogo humano que faz com que, perdão pelo clichê, eu, tu, ele e ela, sejamos nós.
descobri que preciso me preparar melhor para quando tiver que falar em público, controlar a emoção é um quesito básico para qualquer um que se aventure diante de plateia. repare, não digo não ficar emocionada, mas apenas domesticar um pouco os caminhos dos verbos e das sequências, sem que eles passeiem livremente pelas lágrimas.
gratidão. é o que sinto.
a cada pessoa que esteve comigo ontem, entrego parte do meu coração.
as fotos são do António, o timoneiro.