tempinho atrás ouvi Gustavo Proença declamar que “o mar é tão grande que dá pra deixar toda dor”. não duvido. olho para essa imensidão e não consigo imaginar o que não possa ser benzido, afogado, renovado aqui.
nessa salmoura azul lanço rede para ver se puxo corações que escorrem perdão e borbulham amor. sufoco meus pés em espuma branca para que respirem os cochichos de Iemanjá e depois me guiem em terra firme. sagro os olhos com a liberdade desse encanto vai-e-vem.
perto do mar as asas crescem.