Eu estava tentando pegar um taxi. Só isso. Primeiro liguei: musiquinha, musiquinha, musiquinha, gravação “não desligue, logo iremos atende-lo”, musiquinha, musiquinha, musiquinha, gravação. Persisti e comecei de novo. E o ciclo se repetiu. Bati o telefone e tentei outra combinação. Adivinhe? Musiquinha, musiquinha…
Desisti.
Fui para rua. Saí caminhando desembestada, cega de raiva, o relógio correndo e a pressa me atormentando.
Andei 7 (sete!) quadras, com a bolsa pesada no ombro, duas sacolas nas mãos e alguns respingos de uma chuva idiota que queria cair, mas estava fazendo corpo mole.
Cansei.
Na quadra da frente, dois carros laranjados, portas quadriculadas, luminoso no teto. Andei mais cem metros. Entrei no primeiro.
– Boa tarde.
– Boa tarde.
– Pra onde?
– Pra casa.
Voltei.
andei muito de taxi, mas ultimamente bem menos devido a péssima qualidade do atendimento tanto nas centrais quanto nos veículos.
JOPZ
e ainda por cima, motoristas idiotas ligam o rádio alto, altíssimo, com músicas de péssimo gosto ou a porcaria da televisãozinha na novela… sem contar os que esquecem que suor não é perfume francês.
um dia desses eu havia feito as contas (seguro, ipva, manutenção, gasosa, estacionamento, etc.) e cheguei à conclusão que me deslocar a pé, de bike, ônibis e táxi, conforme a necessidade, sairia infinitamente mais barato. mas e o tempo que se perde? e o aborrecimento que se ganha? não dá! melhor seguir de carro mesmo…
:-(