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o YouTube me salva de quase tudo na vida. dia desses precisava arrombar uma fechadura. depois de tentar ser remendo de MacGyver, foi vendo um videozinho que compreendi como devo proceder nesses casos. tudo explicadinho, tintim por tintim. outra vez foi para fazer maquiagem. queria dar uma esfumaçada na sombra e não tinha ideia do que fazer. uma youtuber me ensinou. participei de inúmeras palestras …
tenho novo livro pronto. prontinho. coisa fofa, proposta cheia de estampas e texturas. tudo bem bonito. um tema que usei de subterfúgio para não me entregar a uma escrita maior que me assombra e me convida; me chama e me expulsa; me pega e me joga – tenho cá meus tribunais que acabam me impedindo de seguir. perdi o bonde da publicação de fim de …
uma vez, mais de 20 anos, fui a Piên. não conheci a cidade porque saí da minha casa e desembarquei direto numa madeireira, um lance que tinha relação com eucaliptos. daquele episódio lembro pouca coisa: vento absurdo que curvava árvores, chacoalhava janelas, e assobiava pequenos redemoinhos no chão; meu interlocutor era um homem com personalidade diferente, jogava a cadeira de diretor para trás em movimentos …
peguei o ônibus Curitiba-Lages, desci em Mafra e segui para Rio Negro, que, pelo que fiquei sabendo não tem mais rodoviária, mas deveria. o passeio pela cidade me fez ter vontade de pular do carro e seguir a pé, a subir e descer morros, atravessar as ruas largas, olhar de perto as flores e bater palmas em frente a uma casa qualquer para pedir um …
boa de cama, é o que eu sou. descobri hoje. um amigo me contou que lê minhas croniquetas para a esposa, à noite. antes de acabar o texto ela já contou carneiros, pescou tubarão e embalou no sono. eu pensei em começar este post de um jeito diferente. com as duas primeiras frases e depois embalar num emaranhado de palavras que conduzisse a uma ideia …
dia desses o Dé me contou sobre como os historiadores se refugiam num fato para colocar ponto final em algumas buscas. em mil setecentos e muito, um super, hiper, ultra terremoto destruiu Lisboa. de tsunami a incêndios, de desmoronamento a mortes, a cidade ficou no chão. o Palácio Real está entre os muitos prédios que tombaram, era dentro dele que funcionava importante biblioteca. mais de …
não me lembro quando fui apresentada ao Google. sei bem como me espantei. qualquer coisa?, qualquer coisa mesmo?. naquela época, eu não sabia direito do que se tratava; os conceitos de sites e de buscador eram um pouco confusos pra mim. passei a trata-lo como um enorme índice que me conduzia a páginas confiáveis, testadas e aprovadas. minha primeira reação ao seu canto de sereia foi …
vai funcionar assim: não paga nada para entrar, também não paga nada para beber um dos incríveis coquetéis da casa e nadinha para ouvir boa música. ninguém é obrigado a comprar livro e nem ficar a noite toda. liberdade é o outro nome do Dizzy na próxima segunda-feira, dia de lançamento do “Salve o compositor popular”. o livro tá bonito, tem arte do Mirandinha, caricaturas …
tenho frustrações. a mais pública, e talvez a mais confessável por ser menos feia, tem a ver com a música. nunca aprendi a tocar nada. sempre quis. mas faltou a disciplina necessária, dobrada, para uma sem talento como eu. todas as minhas tentativas tropeçaram, caíram e foram soterradas num buraco. estou para sempre ali na zerésima escala. e quando tento fugir, num único passo corro …
há um ano, eu passava pela deliciosa experiência de lançar livro. revi pessoas, conheci outras, amigos queridos apareceram e me fizeram sentir felicidade do tamanho do mundo. nem no sonho mais otimista eu pude imaginar que seria tão bacana. juro. mas antes dos vinhos, tive muitos e muitos tombos. foi uma prova de resistência conseguir chegar àquele iluminado 26 de novembro. explico. não achava possível …