comunicação Arquivo
Alguns gostam de vatapá, outros preferem passear em veleiros. Estamos aqui reunidos no planeta azulzinho, a dividir o espaço, o tempo, a nos acotovelar por uma chance, por um momento. Perambulamos todos com olhos no espelho, no da frente e no retrovisor. Desviamos ameaças e plantamos árvores. As pirâmides continuam lá, erguidas, equilibradas e a água modifica os desenhos na areia da …
Trinta mil vezes visitaram meu blog. Os amigos, decerto. Os inimigos, talvez. Os curiosos, os que não conheço, os que têm um tempinho, os amigos dos meus amigos, os amigos de meus inimigos, os inimigos de meus amigos… Tem gente da Ucrânia, da Alemanha, dos EUA, Polônia, Reino Unido, Itália, Argentina. Fico curiosa. Gosto de me comunicar pelo blog, de saber que há interesse pelo …
Colecionei bobagens em baús e abri gavetas mofadas para que fantasmas pulassem. Ataquei-os. Descobri mistérios, desvendei segredos, criei enigmas. Andei, pé ante pé, ao ladinho de precipícios, joguei fora a sombrinha, escorreguei. Caí, levantei, repeti. Construí realidade paralela. Comprei passagens. Descobri outro mundo. Ganhei presentes. Aprendi lições, ensinei outras, tornei a aprender o que ensinei e esqueci o que aprendi. Voei perto de estrelas. Rastejei …
Aprendi ainda menina que deveria ser boazinha: emprestar os brinquedos, dividir a última bolacha, doar roupas usadas, não brigar, não mentir, não responder aos mais velhos, dar a outra face… Assim tenho passado os anos. E uma culpa que não cabe no mundo me invade toda vez que cabulo, de forma acidental ou não, algum item. Pois hoje no mercado, na fila do caixa, estava …
Júlio Dinis é escritor da literatura portuguesa de pouca expressão no Brasil. sabe-se lá o motivo. em Portugal ele tem respeito e reconhecimento e busto na praça e nome de rua e recomendações e aplausos. meninota conheci, apesar do título maravilhoso, sem grande empolgação, “As Pupilas do Senhor Reitor” e só. foi tudo que soube do tal do Dinis, nascido na cidade do Porto em …
Porto do Havre, 7 de setembro de 1964 Tomzinho querido, Estou aqui num quarto de hotel, que dá para uma praça, que dá para toda solidão do mundo. São 10 horas da noite, e não se vê vivalma. Meu navio só sai amanhã à tarde e é impossível alguém estar mais triste do que eu. E como sempre, nestas horas, escrevo para você cartas …
trimmmm – alô?! – é a Adriana? – sim! – desculpe, foi engano. que coisa estranha! vai saber o que se passa na cabeça das pessoas…
Um dia desses me fizeram a pergunta sobre o livro que mais gostei de ter lido. Na hora fiquei com medo de cometer uma injustiça, movida por minha falta de memória. Ou de dar atestado de ignorância por não citar um clássico. Ou de me mostrar superficial por citar uma literatura fora dos padrões de resposta. Achei a pergunta cretina. Julguei-a impossível (ou impossible …