amizade Arquivo
fui muito feliz nos outros lançamentos que fiz porque as pessoas generosas que tenho na vida não deixaram de me estender a mão. sacaram meu problema, minhas instabilidades, todos os meus dramas e trataram de me ajudar. precisei pedir ajuda de volta. as mesmas questões de sempre se somaram à irresponsabilidade de revelar em livro minha relação com os sete pecados capitais. com isso, juntei …
não poderia ter acontecido em outro lugar, em outro dia, com outras companhias. não dava para ser diferente. até eu, que nego o destino e acho que cavo dia após dia minhas escolhas, tenho que dar a mão à palmatória e me redimir desse pensamento tão cartesiano. fui vítima do bom destino em toda sua glória e resplendor. lançar livro não é coisa fácil pra …
acho que me comporto bem. não estou azucrinando ninguém, não faço drama, não sou insistente. importante: não criei grupo para ficar monologando sobre. tá certo, mandei um ou outro Whatsapp a modo de desabafar e comunicar meus passos atuais. mas fora isso, estou carregando muda esse drama do lançamento do livro. mas minha pele pipoca, o estômago dói, tenho pesadelos. essa situação é complexa para …
Cris querida, o tempo por aqui anda curto. para o amor, para as conversas, para a observação dos pássaros e pôr do sol. por causa de você, menina, ontem vi a lua. ainda de dia, ainda no azul; toda branquinha e quase inteira. um sopapo na cara dos fracos… ando com vontade de conversar. queria uns papos leves, coisas de música e poesia, de praça …
quantas mães podem sentir o mesmo que eu? muitas. há gente boa nesse mundo, a fazer coisas, a virar páginas, contribuir, melhorar nossa existência. as mães dessas pessoas devem se sentir como eu. mas tenho cá umas particularidades em minha condição materna. sou mãe do Dé e da Lívia. também da Jéssica. hoje falo dele. primeiro filho, vem acompanhando minha vida, meus tropeços, conquistas, subidas …
acontece uma coisa quando a gente encontra. encontrar o sapato pra festa, o ingresso pro show, a carta amarelada, a fotografia antiga, o amigo de que se perdeu no tempo. encontrar os óculos, as chaves, o passaporte, o diploma da faculdade. encontrar dinheiro no bolso da calça, oferta do creme preferido, passagens baratas, o caminho de volta pra casa… encontrar dá contentamento. veja só, encontrar …
quando eu era criança, uma mulher na casa dos trinta anos já estava passando do ponto. ponto de quê? sei lá, de namorar, de casar, de procriar, de qualquer coisa que era apenas permitida às mais jovens. em vez de estar “no ápice poético da vida”, como descreveu Balzac em “A mulher de trinta anos”, na minha infância uma balzaquiana estava condenada, como se isso …
quem escreve sabe, a solidão é quase uma exigência para o ofício. mesmo numa redação apinhada de gente ou num voo lotado ou na mesa de um café, em algum momento é preciso se enclausurar em si mesmo, desprezar vozes e movimentos e recorrer ao baú particular. concentração. durante muitas horas trabalho sozinha. fico aqui, enfurnada em mim mesma, com uma musiquinha e o olhar …
minhas prendas domésticas são restritas, têm limites muito bem marcados e qualquer distraído que entre aqui num dia vulgar pode percebê-las sem muito esforço. a casa tem certo movimento, amigos e amigos dos filhos chegam sem hora marcada e improvisamos conforme a necessidade do momento. não sou boa cozinheira, mas tenho alguns truques na manga. procuro mantê-los vivos para emergências de qualquer ordem. hoje, serviço …
nas voltas pela Holanda, a Ria me mostrou e falou de lugares em que bruxas eram queimadas, afogadas, exterminadas… aquelas coisas absurdas que conhecemos dos livros de história, em que se uma mulher morresse após ser tacada numa fogueira era a prova de que não era bruxa, mas aí era tarde demais. lamentos. estive hospedada na casa de fadas. mulheres lindas, amáveis, cheias de encantamentos. …