Arquivo Mensal: setembro 2019

redemoinho

na ponta do lápis reescrevo os dias. tentativa inútil e incessante de remontar a história. pequenas notas, palavras soltas, frases perdidas, anotações nas margens, tudo a serviço das memórias que devem ser varridas para fora. escrever é o jeito de arrancar esses pensamentos flutuantes que formam redemoinho sufocante. e é o paradoxo, fixa para sempre cada palavra que representa meu naufrágio. percebo na composição do …

riminhas

pelo chão poesias que foram minhasentregues, assim, ao acasodos dias,situações,bocas,das linhas. esparramadas no papel todas as vinhasescritas, assim, no descasoo passado,colisões ocastodas minhas. jogadas no túnel de mentirascada uma das palavrasescritas,faladas,pensadas,sozinhas.

minhas amígdalas e eu

todo cérebro de vertebrado tem dois pequenos grãos que levam o repetitivo nome de amígdalas. não são aquelas do pescoço.as amígdalas, que oportunamente são anagrama de amigas, têm a importante função de alerta, são a semente do medo, do susto, da vigília. são elas que gritam eufóricas: cuidado, meu bem, há perigo na esquina. minhas amígdalas brotaram.passaram daquele embrião camarada para uma poderosa árvore que sombreia …

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