Arquivo Mensal: agosto 2017

a nadar em rio cristalino

peguei o ônibus Curitiba-Lages, desci em Mafra e segui para Rio Negro, que, pelo que fiquei sabendo não tem mais rodoviária, mas deveria. o passeio pela cidade me fez ter vontade de pular do carro e seguir a pé, a subir e descer morros, atravessar as ruas largas, olhar de perto as flores e bater palmas em frente a uma casa qualquer para pedir um …

na rodoviária

sentada na rodoviária. uma moça, mais ou menos 40 anos (sim, isso pra mim é moça): você vai ficar sentada aqui muito tempo? não entendi a pergunta, mas respondi que sim. quando não entendo as coisas direito sempre respondo que sim. e ela: você pode cuidar das minhas coisas para eu ir ao banheiro? com minha afirmação, porque não sabia o que responder, largou uma …

boa de cama

boa de cama, é o que eu sou. descobri hoje. um amigo me contou que lê minhas croniquetas para a esposa, à noite. antes de acabar o texto ela já contou carneiros, pescou tubarão e embalou no sono. eu pensei em começar este post de um jeito diferente. com as duas primeiras frases e depois embalar num emaranhado de palavras que conduzisse a uma ideia …

a morte

a morte não deveria se apresentar numa rua, num poste, ponte, numa bala de revólver. nunca fria e soturna num quarto de hospital, numa UTI, com suas multidões de zumbis e médicos e barulhos de bips e luz cinza. o certo seria coroar a vida com um fim cheio de flores e perfumes suaves. de um jeito que o corpo fosse ficando tão leve, tão …

a queda

sou estabanada. desde sempre. tropeço, esbarro, derrubo. até hoje não consegui identificar se é um problema de noção corporal ou uma coisa que vive desligada porque me distraio olhando o mundo e esqueço de prestar atenção nos detalhes ordinários. aos 15 anos, quebrei meu tornozelo. não foi culpa minha. saltei de paraquedas e tudo tinha dado certo, mas quando estava chegando no chão, o vento …

Terremoto de Lisboa

dia desses o Dé me contou sobre como os historiadores se refugiam num fato para colocar ponto final em algumas buscas. em mil setecentos e muito, um super, hiper, ultra terremoto destruiu Lisboa. de tsunami a incêndios, de desmoronamento a mortes, a cidade ficou no chão. o Palácio Real está entre os muitos prédios que tombaram, era dentro dele que funcionava importante biblioteca. mais de …

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