Arquivo Mensal: dezembro 2013

haverá paradeiro para o nosso desejo?

Eu fiz um plano para minha vida. Há anos o acaricio. Minhas melhores músicas são para niná-lo. Meus versos definitivos, para saudá-lo. No meu primeiro dia de lucidez, revirei os olhos, pintei tela e resolvi sonhar. Sonhei um sonho só. Não conheço outro. Nesse caso nunca tive pés fincados. Deixei o vento soprar, fechei os olhos e vi o melhor cenário, aquele, de fadas. E flutuei tanto …

vim parando por aí…

Colecionei bobagens em baús e abri gavetas mofadas para que fantasmas pulassem. Ataquei-os. Descobri mistérios, desvendei segredos, criei enigmas. Andei, pé ante pé, ao ladinho de precipícios, joguei fora a sombrinha, escorreguei. Caí, levantei, repeti. Construí realidade paralela. Comprei passagens. Descobri outro mundo. Ganhei presentes. Aprendi lições, ensinei outras, tornei a aprender o que ensinei e esqueci o que aprendi. Voei perto de estrelas. Rastejei …

do amor que não se repete – e se repete sempre.

Eu tive muitas mães na minha infância. Uma rua inteirinha de mães que me chamavam pelo nome, pelo apelido, pelo sobrenome, pelo nome dos meus irmãos, dos meus colegas, me chamavam por a filha da Reny, a filha do Paulo. As mães da minha infância eram minhas e de toda a rua. Brincávamos livres: bola, bicicleta, rolimã, bets, conversinhas, esconde-esconde. E todos obedecíamos em uníssono …

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