luz acesa, me espera no portão

o calendário avisa: é hora de voltar!

reorganizo a bagagem. nenhum excesso, tudo na medida certa. minhas malas chegarão em casa repletas de risadas, descobertas, vinhos, curiosidades, amizade, stroopwafels, generosidade, crepes, lugares, cafés, sorrisos, ameixas, compaixão, fotografias, memórias, histórias, maçãs, motivos, chocolates, ímãs, conversas, planos, táticas, mar, rio, canal, significados, moinhos, verdes, chuvas, azuis, gargalhadas, passado, futuro, amor… 
tudo vivido às últimas consequências, sem poupar nenhum pedacinho do bom e velho músculo que saracoteou vibrante e feliz nesses dias.

na mala vai também a saudade, que trouxe e levo como companheira de viagem; mãos dadas, caminha inseparável comigo. 

sei que quando pisar no quartinho tudo isso entrará junto e se acomodará em mim, cada coisa achará o seu lugar e repousará e se acenderá conforme as cores dos dias…

a saudade não. essa é saliente e gosta de ficar se exibindo mesmo quando não é convidada. aprendo a viver com ela. 

é hora de voltar. e essa agenda não diz muito sobre as vontades. 
queria poder inverter, em vez de voltar, esperar que desembarcassem bem aqui do meu lado aqueles que amo, que quero bem, que preciso perto. e trouxessem com eles, minhas caixinhas e girafas. 

vou, mas tenho vontade de ficar mais um instantinho – por causa da amizade e da delícia da civilização. 

como é hora de voltar, melhor começar arrumar malas, espírito e ideias. próximo check-in: vida real!


quer comentar? não se acanhe.

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