pedras do caminho

veja como são as coisas. na verdade, tenho certeza que você já sabe como elas são, mesmo assim quero contar.
preciso fazer biópsia. muito bem. depois de papo de hora e meia com o cirurgião, saí do consultório com as obrigações dividias. as dele: reunir equipe, reservar data no hospital e me avisar. as minhas: conseguir uns carimbos do plano de saúde, uma pequena quantia em grana e comparecer ao local e horário marcados.
simples? teoricamente sim.
sei que as coisas na Unimed as vezes tomam rumos inexplicáveis e quis tratar primeiro disso. saí do consultório ontem à tarde. temporal, trovoadas, vento, galhos, pedras. trânsito difícil, segui contrariada, melhor deixar para hoje cedinho.
protegida pelo estacionamento do mercado, resolvi tirar dinheiro. reservar a parte em espécie para a caixinha dos médicos. idiota, consegui digitar errado três vezes minha senha. embaralhei os números que me acompanham há uns dez anos e cancelei o cartão.   
já que estava no mercado, decidi abastecer a geladeira. compras aqui, compras ali, compras acolá. depois de muitos corredores, o caixa. quando tudo estava pesado, ensacolado e de volta em meu carrinho, lembrei que não tinha mais cartão. devolvi as compras como comprovação de minha total idiotia.
choveu tanto que quando cheguei em casa o portão do prédio não abriu. circuitos encharcados, conspiração universal, sei lá. carro na rua.
claro que na espera para atravessar, a poça se alvoroçou com o ônibus que navegava pela pista e levei um banho.
com tanta coisa, achei que um pouquinho de esperteza não cairia mal e abri mão do elevador, vai que para, enguiça, cai, sei lá. subi pelas escadas; entre o terceiro e o quarto andar tropecei em mim mesma, claro, e me estabaquei no chão.
hoje: absoluta facilidade na Unimed, dinheiro de outro banco e os ponteiros, meus e do médico, em sincronia.

é praxe, coisas desagradáveis acontecem quando se tem que mexer com o plano de saúde, mas elas nem sempre vêm de onde esperamos…
 

quer comentar? não se acanhe.

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