são tantas já vividas

Quando eu saí da rádio, trouxe comigo muitas lembranças, muito aprendizado, muita amizade, muita camaradagem… esses bens que a gente guarda no coração e carrega pela vida, a contar o que valeu, o que importa.
 
Mas com os valores imateriais vieram também quatro caixas de recortes desses anos todos. Duas ainda estão no carro e à outra metade me dispus a arrumar hoje.
 
No romance O Amor nos Tempos do Cólera, a Fermina Paza em determinado momento diz que seria bom ter um lugar pra guardar as coisas que não têm serventia prática mas que também não podem ser abandonadas pelo caminho. E noutro dia a minha amiga Sylvia falava sobre a ciranda dos trecos, quando a gente tem que tirar as coisas de um lugar e encontrar outro pra elas.
 
É uma pedreira essa arrumação toda. Das duas caixas, joguei poucas coisas fora. Fiquei muito emocionada com o reencontro com minha vida. Pedacinhos de papel, recados, objetos, lacinhos, cartas, cartões, chaveiros, canetas de todas as cores, fotografias, mil fotografias, deram conta de tratar de grandes momentos dos últimos 13 anos. Retalhos da minha vida, que me fazem lembrar que nesse tempo todo vivi mais dentro do que fora do prédio da rádio.
 
Ou, como diria o Rei, detalhes de uma vida, histórias que eu contei aqui…
 
desempacotar tudo, uma vez fora das caixas, as coisas precisam caminhar pra outro lugar.
melhor separar.
amiguinhos de trabalho: por um cotidiano mais divertido.
duas faces da mesma moeda.
eu, contada em quadrinhos pela Gabriela.
tranqueiras de outros tempos. 
coleção de selos.
momentos.
mais momentos.
muitos momentos.
Perdão! Mas para essa pieguice de relembrar emoções, só o bom e velho Roberto…



3 Comentários

  1. Zeca

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