viajar é impreciso


não sei dizer direito sobre os caminhos e lógicas da adolescência. 

tirando a minha, que não foi das melhores, tenho me saído bem. o Dé nunca me deu muito trabalho. piá sossegado que sabia bem direitinho como não envelhecer a mamãe antes do tempo. a Lívia está firme na parada, vez ou outra tem uma oscilação de humor, o que não é nada diante de sua responsabilidade, conduta e raízes de pensamento. 
 
mas as vezes não entendo. quer dizer, entender até entendo, mas aceitar com tranquilidade é que são elas. 
 
acompanhe. 
 
desde que meus filhos eram pequenos, muito pequenos, logo, desde sempre, cultivei férias e viagem como assuntos trançados. não importa a grana disponível, não importa o destino, não importa o tempo. viajar é preciso. 
pois bem, aprenderam e gostam.
nessa semana Lívia me questionou sobre janeiro.
 
três pormenores.  
 
tenho um compromisso pendente, promessa feita ano passado que não coube nos 365 de 2014. pensei então, que na primeira oportunidade de dias de folga, cumpriria. Roma nos espera impaciente e eterna. eu a quero com uma vontade de Julio César agora, já, hoje. 
 
desde a primeira vez que Sylvia me levou a Santa Teresa, lá na serra do Espírito Santo, preciso renovar minha visita. uma vez por ano, no mínimo. não sei explicar direito porque trata-se de lugar encantado e só quem já esteve em chão assim, entende o que digo. o prazo venceu no início desse mês e começo a sentir os sintomas. 
 
a Lívia gosta das duas ideias, eu sei. mas atualmente, entre um e outro, prefere o nosso litoral. encasquetou que quer ir pra praia, aqui mesmo. 
 
eu posso lutar contra, comprar passagens e impor diversão garantida? sim, eu posso. mas quero fazer isso? não, não quero. e por quê? porque férias e viagem são coisas sagradas do prazer e ela tem seus motivos incontestes para tratar do assunto da maneira que mais lhe acaricie o espírito.
minha vontade de mãe se sobrepõe a tudo. nesse caso, o que é bom pra ela, em seus 14 anos, é bom pra mim também. 
afinal, como disse, há oscilações de humor e eu não tenho talante de desafiar a sorte. 
 
Rómulo, Remo, não desistam. mais cedo ou mais tarde, chegamos. 
Beija-flores de Santa Teresa, continuem a bater asas sem sair daí, meu aniversário não tarda e nessa data eu retomo o poder da decisão. 
 

quer comentar? não se acanhe.

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