embarcações

me equilibro nessa ponte
que flutua no mar das ilusões
caminho
um pé, outro pé, marcha vagarosa
cuidado!, alguém grita –
alguém sempre grita.
no grito, o susto
a queda,
a dor.

flutuo nesse mar
que equilibra ponte de condões
respiro
um gemido, mais outro,
e alguém suspira,
alguém vive
alguém morre
alguém aprende a falar chinês.

caminho por esses condões
que desafiam pontes e mares
e espanam os aventureiros
para além das embarcações
alguém canta,
alguém sempre canta.
no canto, a esperança,
a vida,
o amor.

quer comentar? não se acanhe.

Pin It on Pinterest