Arquivo Mensal: junho 2014

justeza

toda mulher deveria ter um amor a lhe chamar de princesa, e esse amor lhe pentear os cabelos e lhe depositar flores frescas no colo e beijar sua mão e segurar-lhe nos braços e pintar-lhe em quadro e esquentar seus pés nas noites frias toda mulher deveria poder, uma vez, se entregar sem medo e receber doces e brilhantes, e rir com graça para os …

de leve

No sábado de chuva me tranco aqui no quartinho e inicio texto. Um texto sem motivo, sem musa, sem muita vontade. Tenho todas as teclas disponíveis e uma vaga ideia de tratar de manhãs pacatas. A alvorada é de silêncio e todos os tons de cinza meio tristes. As árvores vizinhas tingem minha janela, as árvores vizinhas que reluzem verde molhado e formam condomínio para …

desde 1954

Estava sentada no Caruso, a espera de que a vida me fizesse carinho em forma de café e banoffee. Puxei livro, que é boa companhia para guloseimas ao mesmo tempo que mantém distante as conversas que não me interessam. Torta, moca, prosa, tempinho sem-vergonha lá fora. Não tinha jeito da vida ser melhor. Tão bom passar uns instantes num café madeirinha e saber desse prazer… …

o bate-bola no meu coração

Eu não entendo lhufas de futebol. Mas pelo menos nego a ignorância total ao afirmar que sei o que são impedimento, escanteio e zona do agrião – na vida e no campo. Conheço as básicas e oficiais regras: onze pra cada lado, uma bola, só dois podem colocar a mão, objetivo da grande maioria é o gol. Não tenho time, se tivesse seria o Vasco, porque …

dor elegante

  Aceito com obediência e conformismo inconteste alguns sistemas: o solar, o eleitoral, o nervoso, o decimal… Gosto dos cientistas. Eles ficam lá, lentes convergentes a ampliar pequenezas e nos provar por A mais B algumas coisas. Não discuto. Também confio nas minhas análises sem método, empiriquices que bordam minha vida e me desvendam caminhos. As vezes na mosca, noutras mira muito errada. Vou indo… …

um viva para Ana Paula

É evidente que fiquei sem assunto. Um dia inteirinho dedicado à cama e ao prazer da coberta quentinha acabou por hibernar os neurônios. Todos dormiram tranquilos e nem tomaram conhecimento das voltas do pensamento. Resolveram, em greve de inverno, não fazer conexões. Pois hoje, segunda-feira fria, eles voltaram cambaleantes na ideia fixa de voltar escrever para crianças. Reúno papeis, revejo antigas anotações e me enfio …

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