Arquivo Mensal: outubro 2014

deficiência

teve uma época da minha vida que eu era louca por rimas, riminhas, podiam ser pobres, não obedecer métrica, não formar sentido, não comunicar com exatidão, não ter ritmo adequado. mas eu pensava em rimas. ainda bem!, isso passou. hoje quando vou construir alguma coisa e sinto que há necessidade de empilhar as palavras com alguma sonoridade que as combinem, penso mil vezes e se …

cinco mil, cento e dez dias

14 anos e grandes novidades! lacinho, faixinha, chiquinha, trancinha, escova, chapinha. sapatinho, chinelinho, sandalinha, botinha, tênis, salto. fraldinha, calcinha, vestidinho, shortinho, calça jeans. canções de ninar, cantigas de roda, músicas do rádio, CDs, iPod. sacola, bolsinha, bolsa, mochila, carteira. móbile, ursinho, Lego, boneca, livro, telefone, chave de casa. moisés, cadeirinha, banco de trás, banco da frente, carona. choro, sorriso, risada, gargalhada, seriedade, conversa. ballet, teatro, …

deveres e direitos

cumpri com o dever, exerci o direito. passei na zona, conversei com meus simpáticos e divertidos mesários. rimos e batemos papo rápido sobre chatices e coisas legais.  nos despedimos com o compromisso de nos vermos no dia 26.    três da tarde. fome. da urna direto para o café. me sentei sozinha e sozinha escolhi meu almoço.  comi acompanhada do Sir Conan Doyle que, acidentalmente …

vontade de domingo

há dois domingos não vou à feira. a casa se mantém abastecida porque tratei das urgências da fruteira no Mercado Municipal semana passada e no Festval na retrasada. mas a falta do passeio começa a me espiar.  gosto das voltas e do clima do MMunicipal, as pessoas conversam muito, há provas de todos os sabores, cafés cheirosos, assobios, novidades nas lojas de bebida, queijos, castanhas, …

democracia

nunca falo pra quem vou votar. não gosto.  não gosto porque não há muito respeito dos panfletários de plantão, os que vestem espontaneamente um partido e repudiam qualquer direito ou pensamento alheio. os fanáticos da corte não dão espaço para conversa, para entendimento, para troca de ideias. nem para expressar o que a própria bandeira pensa, quer, projeta – muitas vezes nem sabem, estão no …

neurastênica

“A literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta.“ (Fernando Pessoa)   tenho escrito muito nos últimos dias. páginas e páginas de conteúdo impublicável.  sei que jamais contarei sobre o tema, mas me debruço com concentração de monge e escrevo. gosto de escrever porque gosto de me comunicar; de pensar e falar sobre. e a única maneira que tenho …

mil voltas, voltas, que dei

tenho horror e vergonha de uma cafonice que vira e mexe bate na minha porta. sem crivo, me desprendo, me encho de gentilezas, “entre, fique à vontade”, e me esbaldo.   escuto música o tempo todo e sei bem do que gosto e do que não gosto – e dos respectivos porquês. mas é estranhíssimo quando alguma coisa atravessa essa muralha construída naturalmente com sensibilidade, …

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