frio

há alguns meses fiz um investimento numa loja de gente que se joga em altas aventuras.
entrei, esquisitona e deslocada, em lugar especializado em produtos de alpinismo.
comprei calça, meias, blusa e até cachecol para baixas, baixíssimas, temperaturas. alta tecnologia, me falaram.
achei que eram providências práticas, inteligentes, duráveis e que não entulhariam guarda-roupa, malas e paciência.
as tentativas iniciais aconteceram em dezembro, no inverno europeu. não sei dizer da eficácia do aparato porque há aquela diferença incrível nos ambientes, tudo tratado com o conforto de mangas de camisa. e quando estava fora, sempre tinha duas coisas insuperáveis para aquecer o corpo: vinho e muita caminhada.
em março, quando voltei, fazia muito frio por lá. mas eu não contava com isso e não levei meus equipamentos de montanhista. me agarrei aos casacos da Janete como se fossem meus e me protegi com eles.
nessa temporada curitibana fui fazer o teste e concluo: não importa o que os institutos de meteorologia digam, a temperatura dentro da minha casa é mais baixa que no topo do Everest.

quer comentar? não se acanhe.

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