o rádio e eu

tenho aquele amor louco pelo rádio. uma coisa que não passa, que não termina, que não muda. mesmo quando estou distante, tratando da vida de outras formas e me ocupando do expediente de ouvinte, ouço como quem vê o avesso.
faço questão de me perturbar com vinhetas mal feitas, encontrando as possibilidades de melhoria. persigo os volumes não normalizados no Sound Forge. vibro com as soluções para preencher buracos. sorrio leste-oeste com chamadas impecáveis.
o rádio está em mim e gosto de sabê-lo.

aqui em Portugal reexperimento esse ambiente.
voltei ao rádio como quem vai almoçar na casa da mãe aos domingos. um compromisso prazeroso, um envolvimento espontâneo e cheio de sorriso e emoção.

quando sentei atrás do microfone, revisitei tanta memória que parecia que tinha uns 126 anos.
não falarei do passado. e nem elencarei aqui as pessoas que me ensinaram tanto desse meio. mas tenho minha história e todos os aprendizados e percalços, marcas e sorrisos, idas e vindas. esse pretérito radiofônico é uma coleção imensa que pode ser reconhecida nas linhas do meu rosto.

daqui para frente todas as semanas estarei nas hertezianas, a tratar de MPB.
escolhi fazer do livro ‘Salve o compositor popular’ um programa de rádio, porque ele nasceu de uma coluna de revista, que nasceu da experiência em rádio… assim, eu coloco mais um elo nessa corrente que me faz tão feliz.

o programa Mil Compassos – as temáticas da música brasileira vai ao ar todo domingo, às 19h, na Universidade FM, 104,3 em Vila Real e arredores ou no site, www.universidade.fm, planeta Terra e alguns outros com boa wi-fi (tem que fazer as contas do fuso horário).

quer comentar? não se acanhe.

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