escrever

escrevo. em algum momento achei que era essa a minha arma para mudar o mundo. ao perceber o tamanho da soberba e o nível de competência, desisti.

continuei a escrever.

pensei uma vez que era para explicar o mundo. mas compreendi que não tenho verdades absolutas nem conhecimentos suficientes que digam sobre a existência, recuei.

ainda assim não parei.

escrever me refresca a alma. é uma permissão consciente para tratar dos assuntos. é onde encontro o que as palavras não dizem. um ofício de superação diária, arrancar leite de pedra, não ter pudores. estar entre o teclado e a tela, o lápis e o papel, o sim e o não.
escrever é conhecer o silêncio dos vocábulos e o que eles não contam. é uma voz muda que me transtorna, é uma aflição que me transforma.

escrevo porque este é o meu jeito de estar no mundo. assim, minúscula.

quer comentar? não se acanhe.

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