Finlândia

li uma notícia sobre a Finlândia, meu próximo destino inédito.

o jornal dava conta de que a partir de 2017, todos os cidadãos estarão livres do trabalho. todos, sem escolher idade, classe social ou qualquer pormenor, receberão do governo uma quantia mensal, entre 400 e 700 euros, e pronto. a partir disso, trabalharão no que quiserem, quanto quiserem e se quiserem. todos os serviços essenciais e públicos disponíveis.

os melhores índices de desenvolvimento humano estão lá. renda per capita de US$ 49.800 (ano de 2014).

penso com minhas teclas, se algo parecido acontecesse comigo, o que eu faria? se não precisasse me preocupar com o futuro, o futuro dos filhos, a saúde, a educação, a segurança, a previdência e todas as outras coisas que me deixam neurótica, o que eu faria? viveria de modo frugal a contemplar paisagens? faria um curso de fotografia? arrumaria um emprego de doze horas e fugiria da vida? aprenderia a cozinhar e venderia caldinho de feijão na praça ao meio-dia dos sábados? me tornaria ajudante de Papai Noel?

eu escreveria. e teria um blog para contar sobre o que eu penso e saber sobre o que os outros pensam. e trataria da vida entre as letras e a casa, ficaria no quartinho a ler e batucar as coisas do mundo. e minha vida seria muito parecida com o que é hoje, mas com sossego e isso a faria muito diferente do que é hoje.

de todos os sonhos que a obrigação pela sobrevivência queimam, tenho um muito particular, que acabei devaneando depois de ver uma foto na internet (da qual não sei nada a respeito). me animei a também querer. dá uma olhadinha nesses rapazes da fotografia e me diz se fazer isso não é o máximo?

além de me trancar no quartinho para a escrita, conversaria com qualquer um sobre qualquer coisa.

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