há um ano, eu passava pela deliciosa experiência de lançar livro. revi pessoas, conheci outras, amigos queridos apareceram e me fizeram sentir felicidade do tamanho do mundo. nem no sonho mais otimista eu pude imaginar que seria tão bacana. juro.
mas antes dos vinhos, tive muitos e muitos tombos.
foi uma prova de resistência conseguir chegar àquele iluminado 26 de novembro.
explico.
não achava possível que alguém fosse ao meu lançamento. juro que não. preste atenção no que vou contar para sacar o tamanho do meu desespero.
no dia, pela manhã, liguei para o gerente do banco e pedi um empréstimo. sou desconectada das coisas práticas, mas por experiências anteriores sabia que precisaria assinar um papel. combinei com ele para que fosse até a livraria à noite e levasse o documento, assim, se ninguém aparecesse, eu pelo menos daria um autógrafo. um mísero autógrafo pago. que ridícula, eu.
mas aquela foi uma noite memorável. uma das melhores da minha vida. assinei empréstimo e assinei livros, muitos. e pude celebrar da maravilha que é ter amigos e conhecer gente legal que em pouco tempo cruza a linha e vira amigo também.
pois bem, a data para outro lançamento se aproxima. novamente estou em cólicas e dessa vez, os motivos são ainda maiores.
passei 2016 dentro de casa. por motivos que não cabem ser citados aqui, me trancafiei em casa e permaneci no quartinho o ano inteiro. vi alguns amigos, aumentei um pouquinho o leque, mas não saracoteei por aí. essa reclusão me faz temer o dito de que quem não é visto, não é lembrado.
por favor, lembrem de mim.
nesse ano, Ieda e Jeff abriram as portas do Dizzy para eu lançar livro. parece que vai rolar uns vinhos e uns belisquetes. vai ter música e sorriso. ritmo e gente bonita. luz e festa. brinde e piano. agora, eu pergunto, dá para não ir? e eu mesma respondo, não, não dá!
salve Ieda, salve Jeff!!!
sobre o livro? num próximo capítulo eu conto.
data de lançamento? 19 de dezembro. reserve a agenda.
Ana Paula Peters, Ilana Lerner, eu lembro do que prometi. cumprirei, só não será no tempo que imaginei.
