O bom de ter um blog é que eu posso publicar qualquer tipo de farofa que me venha à mente. Um dia desses, a Laís Mann me convidou para participar do seu programa “Discoteca Particular”. Trata-se de contar um pouquinho sobre o que algumas pessoas ouvem em casa ou sobre o que colecionam ou sobre o que preferem ou soube suas referências. A resumir: é …
Li na revista Ideias uma lista feita por Fábio Campana sobre coisas que ele considera abomináveis. A divertida leitura (que pode ser feita aqui) me inspirou a duas listas: uma positiva e outra negativa. Foi uma delícia fazê-las! + Gosto de flores. Gosto quando recebo flores: em buquês, vasinhos, paisagens ou lembranças. Adoro bilhetinhos de amor, diário novo, lápis de cor e fotografias antigas. Papo com …
eu sou feita de silêncio! falante, gosto de ficar quietinha. as palavras soltas, livres, aladas me jogam pra dentro do nada. e o nada é quieto. os olhos marejam, a garganta seca, os gestos ficam pequenos e a boca fala o que o coração nega. todos os meus silêncios dizem muita coisa. mais do que todas as minhas palavras. quando me meto …
quando era criança, minha mãe sempre organizou imensas festas de aniversário. ano após ano, a casa cheia, a vida em festa. gostava. não podia escolher meus convidados, não podia palpitar na comida, não podia me vestir do jeito que queria… mas gostava. sempre entendi aquela movimentação toda da minha mãe, como uma atenção especial, coisa exclusiva, um dia meu em que minha mãe fazia coisas …
Eu nunca me cansei do mar. O eterno avanço e recuo me levam e me trazem com a fome de pensar e repensar, de partir e voltar, de ter e soltar. Nas minhas horas malsãs é com o sal que me curo. Na comemoração de grandes alegrias brindo com espuma. No ritmo das ondas, no batuque do mar eu sinto meu corpo, o pulsar da …
Tempo atrás o diabo me visitou. Sedutor, tratou de fazer graça, jogar charme, preparar terreno. Trouxe flores, cantou a mais bonita das músicas, me tirou pra dançar. Preparou drinks, fez comidinhas e me desafiou para misterioso jogo. O fascínio desta visita é o perigo, o risco, a corda bamba. O diabo não gosta de certezas, não inspira confiança, emite prazo de validade para as …
A primeira notícia que vi no jornal hoje cedinho dava conta do coma irreversível de Dominguinhos. Eu tive a sorte, a grande sorte, de conhecê-lo e de me tornar sua amiga e, mais que isso, de tê-lo como amigo. Muitas vezes o recebi em minha casa; tive a honra de dividir café da manhã, almoço e jantar; pude partilhá-lo com minha família; ouvi seus conselhos, …
Eu tenho muitos medos! Medo de aranha, do escuro e da falta de grana Medo de assalto, de tristeza sem fim e de lugares pequenos Tenho medo de ficar doente, de magoar pessoas, de engasgar Medo que me machuquem, de escorregar, de cortar o cabelo Tenho medo de multidões, de água gelada, de andar descalça… Tenho um milhão de medos, mas me acompanha, desde …
Aos quatro anos aprendi a amarrar meus cadarços. Minha vida mudou! Variações da mesma habilidade me servem até hoje para prender laço no cabelo, fechar cintura da saia, segurar biquíni, guardar o carregador do telefone, iniciar costura, fabricar penduricalhos, moldar fitas, ajeitar gravata, fabricar buquês, fingir de marinheiro, emendar corda bamba, dar nó em pingo d’água… O que eu ainda não sei …
As vezes fico escondida em casa. Aqui ninguém me acha. O cobertor é o manto da invisibilidade! Aprendi que quando a gente está muito triste, sem vontade de conversar, sem querer saber do mundo, é melhor se enfiar em casa. Porque ninguém tem muita paciência ou boa vontade com deprê alheia – há de se cuidar das próprias antes. Por isso, quando não …